“Há cerca de um ano, aquando da nossa eleição, comprometemo-nos com a realização de um reposicionamento consciente e responsável desta associação que, ao longo de 30 anos, procurou, sempre, servir os seus associados.
Os tempos são outros, e eles são de mudança acentuada e não falo apenas dos efeitos de uma guerra que tem lugar aqui mesmo ao lado, nem dos condicionamentos de viver em pandemia ou da crise geral das cadeias de suprimentos globais.
Mais do que nunca, enfrentamos uma alteração fundamental do paradigma de funcionamento das sociedades e dos mercados, em que todas as organizações sem exceção, mas em especial as empresas, estão a ser chamadas a tomar novas responsabilidades. Mais do que responsabilidades, obrigações! ...
Não é sem surpresa que vimos assistindo a uma pressão sobre as organizações para que vivam à altura dos seus valores, que façam do seu propósito uma missão, para engrandecimento das sociedades em que desenvolvem as suas atividades. Esta mudança que apontamos é sobretudo social, tem a ver com a forma como os cidadãos, os governantes, ou os empresários pensam sobre os desafios que os rodeiam.
É por isso natural o interesse renovado que a comunicação, enquanto disciplina e profissão, tem vindo a ter. Enquanto especialistas em comunicação e relacionamentos, as nossas empresas são das mais bem posicionadas, neste novo mundo, para ajudar a ultrapassar as dificuldades e constrangimentos e aproveitar as oportunidades e desafios que se estão a desenhar e a colocar.
Informações recentes (PRovoke) dizem-nos que, no ano de 2021, o setor cresceu, a nível mundial, de forma robusta, a um ritmo de cerca de 11%, à boleia das características e tendências que vivemos: híper-segmentação, desenvolvimento tecnológico, enfraquecimento do papel dos Estados e desenvolvimento multivetorial de assuntos públicos, importância crescente da integração de soluções e respostas aos desafios de envolvimento das organizações.
E o que é certo é que as empresas do nosso setor têm vindo a posicionar-se particularmente bem para responder a esta realidade.
Mas será que chega? Será que o papel fundamental que exercemos na vida das sociedades, das organizações, das empresas, está completamente legitimado?
Respostas a estas questões passam por uma concertação e convergência eficaz de interesses. O associativismo empresarial pode e deve ser o aliado preferencial na construção de um setor cada vez mais moderno e competitivo.
A APECOM existe para unir, para representar, para inovar, para consolidar conhecimento e criar valor para todos.
Sabemos que a evolução que enfrentamos e aquela que está para vir, nos coloca perante novos desafios regulatórios, tecnológicos e sociais. Há ainda muito para fazer (regulação, códigos de ética, reputação, integração, formação). Mas também sabemos que este setor conta com as pessoas e as empresas certas para melhorar o que pode ser melhorado.
A APECOM estará cá para cumprir o seu propósito e o seu mandato: servir os associados, promover o desenvolvimento, competitividade e crescimento do setor, melhorar o seu reconhecimento e reputação na sociedade e no mercado e desenvolver as melhores condições para a boa atuação das nossas empresas.
É hora de juntar todos os pontos e formar uma figura maior até porque…a comunicação é o nosso ponto de encontro.
Contamos com todos.
Maria Domingas Carvalhosa
Presidente da Direção 2021-2023
07/07/2022